André Moura, docente no Departamento de Química, comenta o Prêmio Nobel de Química 2024 em entrevista ao ICC
(Texto; Mariana Pezzo)
O Prêmio Nobel de Química 2024, anunciado na quarta-feira (9/10), foi dividido entre dois trabalhos relacionados à estrutura das proteínas. David Baker, dos EUA, foi laureado pelo “design computacional de proteínas”. Demis Hassabis, britânico, e John Jumper, também estadunidense, ambos da empresa Google DeepMind, levaram pela “previsão da estrutura de proteínas”.
Em entrevista à jornalista Mariana Pezzo, Diretora do Instituto da Cultura Científica (ICC) da UFSCar, André Moura, docente no Departamento de Química da Universidade, explica a relevância das proteínas, chamadas de “ferramentas químicas da vida” no anúncio do Nobel, e porque saber sua estrutura é tão importante.
Ele conta também a verdadeira saga – mais uma na história da Ciência! M – até os resultados agora premiados. Saga que tem um quê de jogo, também. Baker, Hassabis e Jumper participaram todos da CASP, competição para resolver o chamado “grande desafio da Bioquímica”, que era justamente a possibilidade da previsão da estrutura de proteínas. A competição começou em 1994 e andava a passos muito lentos até 2018, quando Hassabis e Jumper entraram na corrida e começaram a quebrar tudo, encerrando a disputa em 2020, com o AlphaFold2, modelo de Inteligência Artificial (IA) hoje usado em todo o mundo e que foi capaz de prever a estrutura de todas as 200 milhões de proteínas já conhecidas.
Moura também conta como ele e seu grupo têm trabalhado com as ferramentas relacionadas ao Nobel de Química de 2024, mostrando que ciência de ponta também é feita aqui no Brasil, e na UFSCar!
Confira abaixo a entrevista: